Empresa a vida é bela suspende atividade após queda de vendas

Operadora diz que notícias de dificuldades financeiras lançaram pânico em clientes e empresas


A empresa a vida é bela anunciou a suspensão de atividade em Portugal, depois de uma quebra abrupta nas vendas e da desistência de alguns parceiros.

«Após uma diminuição nas vendas de mais de 50% no Natal de 2011, a vida é bela tomou, no início deste ano, uma série de medidas de modo a adaptar-se às duras condições de mercado», afirma a administração da empresa em comunicado, referindo-se, por exemplo, à redução da gama de produtos, dos locais de venda e até do número de trabalhadores, de 80 para 30.

«Não obstante os cortes, o grupo manteve-se activo e focado em contornar o contexto recessivo, trabalhando na criação de uma nova gama e cumprindo com os agendamentos de pagamentos a parceiros», acrescenta. Só este ano, foram pagos mais de sete milhões de euros a fornecedores e utilizados mais de 200 mil vouchers.

«As notícias publicadas na comunicação social, em meados de Outubro, tiveram um forte impacto negativo na atividade da empresa», lamenta a vida é bela. «Além da uma quebra de vendas de mais de 85%», essas notícias «conduziram à desistência de um elevado número de parceiros, à retirada do produto dos lineares de diversos clientes da distribuição e motivaram uma corrida dos consumidores finais aos balcões para solicitar a devolução dos presentes-experiência», explica.

«Neste cenário, a atividade regular de a vida é bela em Portugal torna-se impossível, não havendo qualquer hipótese de arrancar com a campanha de Natal, o período mais lucrativo do ano no sector, que representa, em média, 50% da faturação anual. A marca vê-se, assim, obrigada a suspender a operação da linha de vouchers de experiências em Portugal, ponderando a adesão um Plano Especial de Revitalização (PER)», anuncia.

Neste contexto, «a empresa irá propor a todos os parceiros credores uma forma de, em conjunto, viabilizar a sua atividade» e promete que «a administração trabalhará afincadamente para que se afigure possível continuar a promover os pequenos operadores nacionais, que estão fora das grandes agências e operadores, como realizado ao longo da última década».